Pois é gente. Acabou o prazo, que na verdade foi na sexta-feira passada, mas antes tarde do que nunca vir me despedir.
Como vocês todos já sabem, não se preocupem com hipertensão, quer dizer..se preocupem..é, afinal, uma doença séria..masss não para a prova de V ou F. Estão livres! :D
Mas espero, sinceramente, que tenham aprendido um pouquinho por aqui e pelo outro blog de hipertensão, que também postaram muita coisa interessante e diferente do que foi tratado aqui. Eu tinha em mente outros assuntos para postar, mas a correria do dia-a-dia atrapalhou um pouco.
Enfim...Outra coisinha...
O pessoal de medicina fez uma campanha contra o tabagismo e ficou muito bom. Isso tudo foi feito devido a uma votação para a aprovação de um projeto de lei no Senado Federal, em Brasília. PL 315/08 é um projeto de lei que proíbe o uso de cigarro (ou outros produtos fumígeros) em locais fechados ou de volume intenso de pessoas´.
Mais informações no blog de Neurotransmissores (link se encontra aqui do lado).
Um dos vídeos da campanha. Excelente! :D
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Mais um benefício da atividade física
Quase não há dúvidas que exercício físico é bom para a saúde. Em um artigo científico, foram observar os efeitos reais que o exercício causa em relação à pressão sanguínea, que sem muitas surpresas, foi positivo.
Cientistas através de tentativas com ratos hipertensos espontâneos descobriram que um exercício leve a moderado diminui a pressão sanguínea mais significativamente em relação a um exercício de grande intensidade. E que, quanto mais prolongado for (até um certo limite), mais benéfico são os efeitos. Ou seja, melhor se exercitar em 45 minutos do que em 20 minutos.
A um primeiro momento, deduziu-se que era por causa da diminuição da resistência dos vasos sanguíneos, apenas. Porém, foram olhar mais de perto e viram que melhoravam o débito cardíaco, diminuindo-o. Mas como?
O débito cardíaco possui fatores extrínsecos e intrínsecos. E na pesquisa, os cientistas observaram primeiro o fator extrínseco, que é basicamente o sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático). A estimulação simpática aumenta o débito cardíaco (aumenta freqüência e a força contrátil) e o parassimpático o diminui. No ratinho hipertenso, o exercício físico diminuiu o tônus simpático sobre o coração e a conseqüente diminuição da pressão. Em comparação com ratinhos normotensos, esse tônus simpático não se alterou, e percebeu-se então que em nesses animais, a atividade física melhorava nos fatores intrínsecos ou de marcapasso. Notou-se também que a diminuição da atividade simpática nos ratos hipertensos só era a volta da normalidade já que se comparou com os ratos normotensos e não houve grandes diferenças entre os dois grupos.
Vale lembrar que tais experimentos foram comprovados em humanos também, e então afirmo mais uma vez que praticar exercícios físicos é ótimo para a saúde. Porém, ainda não há comprovações científicas que exercício de grande intensidade em humanos ajuda a reduzir a pressão arterial sendo assim, o exercício de leve intensidade recomendado para essa ocasião.
Bons Estudos!
Mariana Cyncynates
Fontes:
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/8-1/010.pdf (artigo científico)
http://www.scribd.com/doc/6570393/Definico-e-Regulaco-Do-Debito-Cardiaco
domingo, 8 de agosto de 2010
Anticoncepcionais
Agora, um tema mais voltado para as mulheres, a hipertensão relacionada ao uso de pílulas anticoncepcionais.
As pílulas anticoncepcionais foram introduzidas na década de 60. As primeiras foram produzidas com altas doses de estrogênios e progestogênios, como por exemplo o mestranol e o noretinodrel.
O uso de anticoncepcionais é uma causa endócrina muito comum da hipertensão, pois acredita-se que o componente estrogênico pode aumentar a síntese hepática do substrato renina, angiotensinogênio, aumentando o estímulo do sistema renina- angiotensina-aldosterona.
Este sistema consiste em um conjunto de peptídeos, enzimas e receptores que controlam o volume de líquido extracelular e da pressão arterial, ele é descrito como um eixo endócrino em que cada componente de uma cascata é produzido por diferentes órgãos, para manter a estabilidade hemodinâmica da seguinte maneira:
O peptídeo angiotensinogênio é produzido pelo fígado e requer glicocorticoide do córtex adrenal e estrógeno das gônadas. A enzima renina é liberada pelos rins, enquanto que a enzima de conversão de angiotensina I em angiotensina II (ECA) é encontrada no endotélio vascular de vários órgãos. A aldosterona é liberada pelo córtex supra-renal estimulado pela angiotensina II.
Assim, quando a cascata é ativada, aparecem a angiotensina I e a angiotensina II (peptídeos) que circulam pelo sangue ativando os vasos sanguíneos, rins, coração, supra-renais e sistema nervoso simpático. Este sistema pode reverter a tendência à hipotensão arterial através da vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos) arteriolar periférica. Concluindo, dessa forma, que o sistema renina-angiotensina-aldosterona é um sistema de compensação cardiovascular.
Felizmente, estudos mostram que os impactos dos contraceptivos orais sobre a pressão arterial é temporário, resolvendo após interrupção do uso.
Jéssica Ribeiro
Fontes:
http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=16520
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2007000600009
As pílulas anticoncepcionais foram introduzidas na década de 60. As primeiras foram produzidas com altas doses de estrogênios e progestogênios, como por exemplo o mestranol e o noretinodrel.
O uso de anticoncepcionais é uma causa endócrina muito comum da hipertensão, pois acredita-se que o componente estrogênico pode aumentar a síntese hepática do substrato renina, angiotensinogênio, aumentando o estímulo do sistema renina- angiotensina-aldosterona.
Este sistema consiste em um conjunto de peptídeos, enzimas e receptores que controlam o volume de líquido extracelular e da pressão arterial, ele é descrito como um eixo endócrino em que cada componente de uma cascata é produzido por diferentes órgãos, para manter a estabilidade hemodinâmica da seguinte maneira:
O peptídeo angiotensinogênio é produzido pelo fígado e requer glicocorticoide do córtex adrenal e estrógeno das gônadas. A enzima renina é liberada pelos rins, enquanto que a enzima de conversão de angiotensina I em angiotensina II (ECA) é encontrada no endotélio vascular de vários órgãos. A aldosterona é liberada pelo córtex supra-renal estimulado pela angiotensina II.
Assim, quando a cascata é ativada, aparecem a angiotensina I e a angiotensina II (peptídeos) que circulam pelo sangue ativando os vasos sanguíneos, rins, coração, supra-renais e sistema nervoso simpático. Este sistema pode reverter a tendência à hipotensão arterial através da vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos) arteriolar periférica. Concluindo, dessa forma, que o sistema renina-angiotensina-aldosterona é um sistema de compensação cardiovascular.
Felizmente, estudos mostram que os impactos dos contraceptivos orais sobre a pressão arterial é temporário, resolvendo após interrupção do uso.
Jéssica Ribeiro
Fontes:
http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?id=16520
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2007000600009
Revendo conceitos
O professor Marcelo Hermes nos mandou um vídeo sobre o que acontece basicamente com o organismo saudável e quando o mesmo está hipertenso. A doutora explica, no vídeo, que todos nós precisamos de uma certa pressão nos vasos sanguíneos para a distribuição de oxigênio e nutrientes para o corpo. E para que isso ocorra eficientemente, artérias e veias devem possuir uma certa elasticidade e um tônus muscular de sua camada muscular. Porém, em hipertensos esse mecanismo pode estar debilitado e como conseqüência placas de ateroma se depositam nos vasos. Logo, o coração precisa bater mais forte e quanto mais prolongado for, mais se agrava a doença. Outro ponto que ela coloca é que, o organismo não mantém sua pressão constante, e quem toma conta disso é o sistema nervoso em conjunto com os rins. Quando o volume e a composição do sangue muda, há uma compensação que é regulada pelo sistema e órgão já citados e a pressão do sangue é mantida para as condições de vida. Ou seja, quando se tem hipertensão, essa regulação está falha.
Por fim, ela fala também que quem foi diagnosticado com hipertensão primária faz parte de 85% a 90% dos casos. E o motivo não é exatamente conhecido. Sabe-se que idade, gênero, estilo de vida, genética contribui para a obtenção da doença. O que se pode fazer é exercícios e ter uma alimentação saudável, como a maioria das soluções para tudo nessa vida.
Talvez nós do blog, com a preocupação de apresentar algo mais específico relacionado a bioquímica, esquecemos de passar o básico. Espero que fique claro agora.
Mariana Cyncynates
Sim, isso é um post duplo. Já tinha feito o meu texto falando sobre os tipos de hipertensão antes do recebimento do vídeo e resolvi relacioná-lo de vez.
Bom, a hipertensão primária, como a doutora disse, não se conhece o verdadeiro motivo para aparecer. Mas existem fatores de agravamento como os citados lá em cima.
Já a hipertensão secundária pode ocorrer por Feocromocitoma, um tumor da medula supra renal , que é a parte central da glândula supra renal .O Feocromocitoma secreta grandes quantidades de epinefrina e de noropinefrina. Esses hormônios são levados pelo sangue circulante a todos os vasos, onde promovem vasoconstrição intensa. O feocromocitoma só secreta seus hormônios quando estimulado pelo sistema simpático.
Essa hipertensão secundária também pode aparecer por fatores endócrinos. A doença de Cushing que nada mais é uma disfunção na liberação de cortisol, que fica alta no sangue, pode ter como conseqüência a hipertensão.
Ademir Nascimento
Fontes:
http://acrescersaude.blogspot.com/2008/04/hipertenso-arterial-sistmica.html
http://www.bicodocorvo.com.br/saude/doencas/sindrome-de-cushing
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Anti Hipertensivos
Chegou a vez de falar dos anti hipertensivos. E são só alguns deles:
1) Diuréticos
2) Vasodilatadores
3) Bloqueadores dos canais de Cálcio
4) Inibidores da ECA
5) Bloqueador do receptor da Angiotensina II
Difícil falar de todos os tipos de anti hipertensivo assim como quais são os medicamentos e o que cada um proporciona ao organismo do hipertenso. Tentei listar de maneira geral os mecanismos de ação de cada tópico. Espero que seja claro.
Diuréticos
Seus mecanismos de ação são vários assim como são vários os tipos de medicamentos diuréticos. Eles atuam principalmente eliminando edema na parede do vaso, reduzindo o volume plasmático, reduzindo a reatividade vascular e, tem também ação vasodilatadora direta. São muito recomendados a serem usados juntamente com os próximos tipos de anti hipertensivos citados a seguir.
Vasodilatadores
De maneira geral, a maioria provoca relaxamento dos músculos lisos dos vasos sanguíneos por ativação dos canais de potássio das células permitindo o efluxo celular.
Bloqueadores dos canais de Cálcio
Geralmente, são a 1ª escolha para o combate a hipertensão. Inibem a entrada do cálcio na célula muscular lisa. Há um tipo de competição entre o Ca+ e esses bloqueadores para a entrada nos canais lentos voltagem dependentes. Podem ter ação anti-anginosa também. Não causam retenção do sódio, problemas renais nem no metabolismo glicídico ou lipídico.
Inibidores da ECA
Lembram-se do post do sistema renina angiostensina aldosterona? E que no meio das reações aparecia a ECA (Enzima conversora de angiotensina) que nada mais fazia além de transformar angiotensina I em II? Pois então, existem anti hipertensivos que agem sobre essas enzimas impedindo que a conversão de angiostensina II aconteça. Entretanto, esses inibidores de ECA ajudam a degradação de bradicinina que por sua vez ajudam na formação óxido nítrico, importante vaso dilatador.
Geralmente são lipossolúveis o que favorece esse controle da pressão. Porém, há um problema: a angiotensina II pode ser formada por outras vias e o aumento da pressão vai ocorrer em alguma hora.
Bloqueadores do receptor de Angiotensina II (BRAII)
Como o próprio nome já diz, bloqueiam o receptor de angiotensina II que é o AT1. Este é o ponto final para que a vasoconstrição ocorra. Sua vantagem em relação aos inibidores da ECA é que bloqueiam qualquer forma de ligação da angiotensina II, seja lá qual for sua formação. Não agem sobre a bradicinina.
Bons Estudos!
Mariana Cyncynates
Fontes:
http://www.manuaisdecardiologia.med.br/has/has_Page704.htm
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/7-3/016.pdf
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Hipertensão na Gravidez
Vou falar um pouquinho de uma doença que infelizmente ocorre com freqüência em grávidas: A pré-eclâmpsia que pode ocasionar a eclâmpsia.
Esse quadro está associado ao aumento da pressão arterial durante a gravidez, como já dito, e isso acontece por causa da deficiência de prostaciclina, um vasodilatador, e com o excesso na produção de tromboxano, um vasoconstrictor, este estimula a agregação plaquetária. Há estudos também que mostram que as células endoteliais das grávidas com a doença possuem alguma disfunção. Como exemplo, a inibição de síntese de óxido nítrico, importante vasodilatador.
Quando os níveis de pressão estão acima de 140/190, isso já caracteriza um quadro de hipertensão gestacional. Esse fenômeno ocorre após a 20ª semana e desaparece na 6ª semana após o parto.
A pré-eclampsia está vinculada à perda de proteína pela urina (proteinúria) e isso pode levar ao edema (inchaço) dos membros e rosto. Alguns especialistas acreditam que esse aumento da pressão pode está associado à placenta, pois o fluxo de sangue para ela diminui, o que pode fazer com que o bebê não se desenvolva adequadamente. Com essa descoberta nota-se a necessidade de agentes antiplaquetários, para prevenir essa doença.
A pré-eclampsia apresenta vários níveis (leve e grave), podendo alcançar a eclampsia propriamente dita. Esta causa convulsões que podem levar ao coma e até à morte, isso acontece no final da gravidez ou depois do parto.
Ainda não há uma causa bem definida para essa doença, mas há fatores de riscos como a própria genética, primeira gestação da mulher, idade mais avançada das mesmas, ou ainda fatores imunológicos relacionados a antígenos vindos do esperma paterno.
Ana Beatriz Leite
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?211
http://brasil.babycenter.com/pregnancy/complicacoes/pre-eclampsia/
http://www.medonline.com.br/med_ed/med1/preeclampsia.htm
Esse quadro está associado ao aumento da pressão arterial durante a gravidez, como já dito, e isso acontece por causa da deficiência de prostaciclina, um vasodilatador, e com o excesso na produção de tromboxano, um vasoconstrictor, este estimula a agregação plaquetária. Há estudos também que mostram que as células endoteliais das grávidas com a doença possuem alguma disfunção. Como exemplo, a inibição de síntese de óxido nítrico, importante vasodilatador.
Quando os níveis de pressão estão acima de 140/190, isso já caracteriza um quadro de hipertensão gestacional. Esse fenômeno ocorre após a 20ª semana e desaparece na 6ª semana após o parto.
A pré-eclampsia está vinculada à perda de proteína pela urina (proteinúria) e isso pode levar ao edema (inchaço) dos membros e rosto. Alguns especialistas acreditam que esse aumento da pressão pode está associado à placenta, pois o fluxo de sangue para ela diminui, o que pode fazer com que o bebê não se desenvolva adequadamente. Com essa descoberta nota-se a necessidade de agentes antiplaquetários, para prevenir essa doença.
A pré-eclampsia apresenta vários níveis (leve e grave), podendo alcançar a eclampsia propriamente dita. Esta causa convulsões que podem levar ao coma e até à morte, isso acontece no final da gravidez ou depois do parto.
Ainda não há uma causa bem definida para essa doença, mas há fatores de riscos como a própria genética, primeira gestação da mulher, idade mais avançada das mesmas, ou ainda fatores imunológicos relacionados a antígenos vindos do esperma paterno.
Ana Beatriz Leite
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?211
http://brasil.babycenter.com/pregnancy/complicacoes/pre-eclampsia/
http://www.medonline.com.br/med_ed/med1/preeclampsia.htm
Viva ao vinho!
Ouvir falar que o consumo de frutas, vegetais e chás é bom para saúde é recorrente. Porém, muitos podem não saber que um vinho também é excelente, principalmente para hipertensos. Explicação? Flavonóides. Esse grupo com mais de 8000 substâncias fenólicas são essenciais para a preservação do bom funcionamento dos vasos sanguíneos.
Sabe-se que aterosclerose é um dos milhares de motivos para o agravamento da hipertensão e isso se deve a modificação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) que foram atacadas nas cadeias de ácidos graxos insaturados, por radicais livres. Os LDLs modificados são absorvidos de maneira mais fácil por macrófagos. Porém são tóxicos para o endotélio dos vasos sanguíneos, formando assim, as placas ateroscleróticas.
Os flavonóides inibem a hidroxilação do LDL ou fazem uma oxidação preventiva de uma substância presente no próprio LDL: o α-tocoferol. Ooou seja, placas ateroscleróticas?Não mais. Muito menos a trombogênese. Que é quando entope de vez os vasos sanguíneos e como conseqüência a trombose acontece. Os flavonóides do vinho tinto também induzem a liberação de óxido nítrico e promovem a vasodilatação (provavelmente falarei um pouquinho mais sobre essa última substância, estou tentando entender melhor). E ainda por fim, podem auxiliar e regenerar antioxidantes primários do organismo como vitamina A, C e E.
Bom, é por isso que existe o paradoxo francês. Já ouviram? Franceses (principalmente do sul) ingerem alimentos de baixo valor nutricional, porém bebem vinho tinto e logo não têm muita incidência de doenças cardiovasculares por lá.
Portanto beber moderadamente vinho diário não faz mal, pelo contrário, faz bem. Mulheres devem beber 1 dose e homens 2 doses, junto com um alimento. É importante lembrar que o alto consumo de bebida alcoólica desencadeia outras doenças que nos outros blogs devem ser ressaltados.
Bons Estudos!
Mariana Cyncynates
Fontes:
http://artigocientifico.com.br/uploads/artc_1189124935_21.pdf
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/1641/2147
Sabe-se que aterosclerose é um dos milhares de motivos para o agravamento da hipertensão e isso se deve a modificação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) que foram atacadas nas cadeias de ácidos graxos insaturados, por radicais livres. Os LDLs modificados são absorvidos de maneira mais fácil por macrófagos. Porém são tóxicos para o endotélio dos vasos sanguíneos, formando assim, as placas ateroscleróticas.
Os flavonóides inibem a hidroxilação do LDL ou fazem uma oxidação preventiva de uma substância presente no próprio LDL: o α-tocoferol. Ooou seja, placas ateroscleróticas?Não mais. Muito menos a trombogênese. Que é quando entope de vez os vasos sanguíneos e como conseqüência a trombose acontece. Os flavonóides do vinho tinto também induzem a liberação de óxido nítrico e promovem a vasodilatação (provavelmente falarei um pouquinho mais sobre essa última substância, estou tentando entender melhor). E ainda por fim, podem auxiliar e regenerar antioxidantes primários do organismo como vitamina A, C e E.
Bom, é por isso que existe o paradoxo francês. Já ouviram? Franceses (principalmente do sul) ingerem alimentos de baixo valor nutricional, porém bebem vinho tinto e logo não têm muita incidência de doenças cardiovasculares por lá.
Portanto beber moderadamente vinho diário não faz mal, pelo contrário, faz bem. Mulheres devem beber 1 dose e homens 2 doses, junto com um alimento. É importante lembrar que o alto consumo de bebida alcoólica desencadeia outras doenças que nos outros blogs devem ser ressaltados.
Bons Estudos!
Mariana Cyncynates
Fontes:
http://artigocientifico.com.br/uploads/artc_1189124935_21.pdf
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/1641/2147
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Norepinefrina
Há outro sistema no organismo ligado à hipertensão: O sistema nervoso simpático. Nesse sistema atua, por exemplo, a norepinefrina (NOR) plasmática, a qual mantém a pressão sanguínea em níveis normais.
“A norepinefrina é uma monoamina, da família dos catecolaminas (formados de fenilalanina e tirosina), atuam como neurotransmissores que têm em sua metabolização produtos biologicamente inativos por oxidação ( catabolizada pela monoamina oxidase-MAO) e metabolizada (catabolizada pela cotecol-O-metiltransferase-COMT). MAO loxaliza-se na superfície externa das mitocôndrias e encontra-se em altas concentrações nas terminações dos nervos que secretam norepinefrina. COMT também encontra-se distribuída em grandes quantidades nas terminações dos nervos, no fígado e nos rins”
A norepinefrina tem atividade no pós-ganglionar simpático (nervo que recebe o impulso). Nos hipertensos essa atividade é aumentada, o que influencia nas taxas metabólicas ou seja, o controle da parte endócrina, a liberação de norepinefrina cresce, crescendo assim o aumento do nível de insulina no sangue, aumento da glicogenólise e a mobilização de ácidos graxos. Esse aumento também atinge o coração e os rins, que são órgãos fundamentais para o controle da pressão arterial.
Ana Beatriz Leite
Fontes:
http://virtualpsy.locaweb.com.br/dicionario_janela.php?cod=18
terça-feira, 27 de julho de 2010
Sistema Renina Angiotensina Aldosterona
Perdoem-nos pela falta de postagem por um longo tempo, muitas provas, sabem como é que é né? Mas vamos reparar isso. Ok, enfim...Vinha pesquisando para nosso blog algo relevante e me deparei com o Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA), totalmente importante para a regulação da pressão dos vasos.(Aliás, galera da nutrição, aula de histologia se tratou disso!)
Esse sistema consiste, primeiramente, na liberação de renina, um composto formado quase que exclusivamente nos rins, mais precisamente no aparelho justaglomerular (células musculares lisas modificadas) e cai na corrente sanguínea até chegar ao fígado. Lá, um outro composto, o angiotensinogênio, age sobre a renina transformando-se em angiotensina I. Esta vai se dirigir aos pulmões e sob ação da ECA (Enzima Conversora de Angiotensina) sofrerá hidrólise e se transformará na substância final, angiotensina II. Depois desse longo caminho, esse produto final vai ser o ponto chave para a realização da função do sistema. A angiotensina II vai ser responsável pela vasoconstrição e pela liberação de aldosterona que por sua vez é responsável pela retenção de sódio e água, mantendo o equilíbrio hemodinâmico do corpo. Segue um esquema pra vocês não se perderem:
Ta...E o que a hipertensão tem a ver com isso? Pelo o que se pode perceber, esse sistema está relacionado à elevação da pressão, e quando há uma hiperatividade do mesmo a nossa doença em questão entra em cena. A ativação excessiva do SRAA pode ocasionar também progressão de lesões de órgãos-alvo como hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca congestiva, hipertrofia vascular, alterações renais e etc. Ainda há outro motivo relacionado ao SRAA que aumenta a pressão sanguínea de acordo com Sealey e Laragh: A renina (aquela primeira substância secretada pelos rins) é estimulada quando há baixa volemia e baixa pressão sanguínea, fazendo com que a normalidade volte. Porém, com uma dieta hipersódica e conseqüentemente o aumento da pressão(retenção de água para os vasos), esse estímulo de produção de renina não diminui agravando mais ainda a hipertensão (já estabelecida, nesse caso).
Ainda bem que existe solução para tais problemas, ou tentativa do mesmo: Os anti-hipertensivos, mas isso é assunto para um próximo post.
Bons Estudos!
Mariana Cyncynates
Fontes:
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/7-3/016.pdf
http://www.medonline.com.br/med_ed/med3/rimehipert.htm
http://resultados.hormocentro.com.br/Lab/Instrucoes/I0105.html
Esse sistema consiste, primeiramente, na liberação de renina, um composto formado quase que exclusivamente nos rins, mais precisamente no aparelho justaglomerular (células musculares lisas modificadas) e cai na corrente sanguínea até chegar ao fígado. Lá, um outro composto, o angiotensinogênio, age sobre a renina transformando-se em angiotensina I. Esta vai se dirigir aos pulmões e sob ação da ECA (Enzima Conversora de Angiotensina) sofrerá hidrólise e se transformará na substância final, angiotensina II. Depois desse longo caminho, esse produto final vai ser o ponto chave para a realização da função do sistema. A angiotensina II vai ser responsável pela vasoconstrição e pela liberação de aldosterona que por sua vez é responsável pela retenção de sódio e água, mantendo o equilíbrio hemodinâmico do corpo. Segue um esquema pra vocês não se perderem:
Ta...E o que a hipertensão tem a ver com isso? Pelo o que se pode perceber, esse sistema está relacionado à elevação da pressão, e quando há uma hiperatividade do mesmo a nossa doença em questão entra em cena. A ativação excessiva do SRAA pode ocasionar também progressão de lesões de órgãos-alvo como hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca congestiva, hipertrofia vascular, alterações renais e etc. Ainda há outro motivo relacionado ao SRAA que aumenta a pressão sanguínea de acordo com Sealey e Laragh: A renina (aquela primeira substância secretada pelos rins) é estimulada quando há baixa volemia e baixa pressão sanguínea, fazendo com que a normalidade volte. Porém, com uma dieta hipersódica e conseqüentemente o aumento da pressão(retenção de água para os vasos), esse estímulo de produção de renina não diminui agravando mais ainda a hipertensão (já estabelecida, nesse caso).
Ainda bem que existe solução para tais problemas, ou tentativa do mesmo: Os anti-hipertensivos, mas isso é assunto para um próximo post.
Bons Estudos!
Mariana Cyncynates
Fontes:
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/7-3/016.pdf
http://www.medonline.com.br/med_ed/med3/rimehipert.htm
http://resultados.hormocentro.com.br/Lab/Instrucoes/I0105.html
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Sistema Circulatório
Como já sabemos, dizer que um indivíduo tem hipertensão é o mesmo que dizer que sua pressão arterial está alta. Essa é uma doença que pode atacar crianças, mulheres e homens, mas existe a predominância em alguns grupos como na população com mais de 60 anos, ou até em mulheres e homens negros, entre outros.
Quando o coração se contrai para expulsar o sangue de seu interior, em um movimento que chamamos de sístole, a pressão arterial é máxima. Já quando os músculos do coração relaxam para permitir que o sangue possa voltar a encher suas cavidades, a diástole, a pressão é mínima. Com isso em mente, a pressão arterial elevada pode definir-se como uma pressão sistólica maior ou igual a 140 mmHg e uma pressão diastólica maior ou igual a 90 mmHg.
Nosso organismo é sensível aos aumentos de pressão. Com o sangue sendo bombeado constantemente sob pressão mais alta, o coração, exausto com tanto esforço, começará a falhar podendo haver um colapso do sistema circulatório e até morte súbita.
A hipertensão danifica o sistema arterial. As artérias são vasos sanguíneos que possuem uma camada muscular que se contrai ou relaxa como intuito de manter constante o fluxo de sangue que chega até os órgãos a fim de impedir que eles sejam danificados.
Se a pressão é mantida alta por muitos anos essas camadas musculares acabam perdendo a elasticidade e ficam endurecidas (arteriosclerose), mas a pressão alta também pode danificar a camada que reveste o interior das artérias, o endotélio, atraindo plaquetas até o local para, assim, formar microcoágulos, estes acabam por criar irregularidades no endotélio facilitando o depósito de gorduras e proporcionando a instalação de um processo inflamatório que formará placas, assim, com o passar do tempo essas placas vão construir uma barreira impedindo a passagem do sangue (aterosclerose). Esses dois processos podem acontecer em qualquer artéria, mas a incidência é maior (e causam complicações mais sérias) nas artérias que irrigam o coração, o cérebro, os rins e os olhos.
Jéssica Ribeiro
Fontes:
http://www.afh.bio.br/cardio/cardio4.asp
http://www.manualmerck.net/?id=51
terça-feira, 13 de julho de 2010
Para começar (de novo)...
Hipertensão arterial sistêmica(HAS) é quando a pressão arterial está alterada, mais precisamente, a pressão está acima do normal (<85mmHg pressão sistólica e <130mmhg pressão diastólica). Até aí tudo bem, afinal já é um conceito bem difundido. No entanto, a hipertensão é adquirida por vários fatores: Obesidade, sedentarismo, idade, ingestão excessiva de sal, condições sócio econômicas, local de moradia. Sim, local de moradia. Morar em grandes metrópoles, por exemplo, requer um estilo de vida diferente de regiões rurais e com isso a alimentação, prática de exercícios ou qualquer outra prática para a melhora da saúde é diferente dependendo de onde se está.
Partindo ao que vai mais interessar ao blog, a hipertensão é agravante de várias doenças e de alterações sistêmicas. Entre elas estão alterações no sistema cardiovascular, sistema nervoso autônomo, sitema renina-angiotensina, no mecanismo renal e também vai alterar a função endotelial. É provável que haja mais postagens sobre essas alterações com detalhes que abrangem mais nossa área de estudo, até porque descrever o que acontece em cada sistema de uma vez não atenderia a proposta de um blog
O que tenho mais em mente, para uma primeira postagem sobre o tema, é falar que hipertensão é um problema sério e os hipertensos muita das vezes não sabem lidar com o que tem. O professor Marcelo Hermes nos emprestou uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo do dia 4 de julho sobre hipertensos que em sua grande maioria não sabem relacionar a quantidade de sódio e sal de um alimento. Problema esse um pouco banal até, já que médicos e divulgadores mostram que o sódio(presente no sal) é um agravante na doença. Na conclusão da reportagem o cardiolista Daniel Magnoni fala: "Em vez de reduzirem o consumo, vão aumentando a quantidade de medicamentos". Ou seja, vários níveis da doença podem ser tratados apenas na base de uma alimentação balanceada.
Juro que os próximos textos vão estar mais relacionados com que nos interessa, focados na matéria. Mas diante de tantas reportagens tratando de um mesmo assunto, não da pra não dar uma comentada.
E ah!Para quem não sabe relacionar o sal com o sódio aí vai:
Teor de sódio(dado nas embalagens) x 2,5 / 1000
Mariana Cyncynates
Fontes:
www.manuaisdecardiologia.med.br/has/has.htm
O Estado de S. Paulo - 4 de julho de 2010
Partindo ao que vai mais interessar ao blog, a hipertensão é agravante de várias doenças e de alterações sistêmicas. Entre elas estão alterações no sistema cardiovascular, sistema nervoso autônomo, sitema renina-angiotensina, no mecanismo renal e também vai alterar a função endotelial. É provável que haja mais postagens sobre essas alterações com detalhes que abrangem mais nossa área de estudo, até porque descrever o que acontece em cada sistema de uma vez não atenderia a proposta de um blog
O que tenho mais em mente, para uma primeira postagem sobre o tema, é falar que hipertensão é um problema sério e os hipertensos muita das vezes não sabem lidar com o que tem. O professor Marcelo Hermes nos emprestou uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo do dia 4 de julho sobre hipertensos que em sua grande maioria não sabem relacionar a quantidade de sódio e sal de um alimento. Problema esse um pouco banal até, já que médicos e divulgadores mostram que o sódio(presente no sal) é um agravante na doença. Na conclusão da reportagem o cardiolista Daniel Magnoni fala: "Em vez de reduzirem o consumo, vão aumentando a quantidade de medicamentos". Ou seja, vários níveis da doença podem ser tratados apenas na base de uma alimentação balanceada.
Juro que os próximos textos vão estar mais relacionados com que nos interessa, focados na matéria. Mas diante de tantas reportagens tratando de um mesmo assunto, não da pra não dar uma comentada.
E ah!Para quem não sabe relacionar o sal com o sódio aí vai:
Teor de sódio(dado nas embalagens) x 2,5 / 1000
Mariana Cyncynates
Fontes:
www.manuaisdecardiologia.med.br/has/has.htm
O Estado de S. Paulo - 4 de julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
Bem Vindos!
Estávamos hiper tensos para começar mais um blog de BioBio, que dessa vez vai ter um assunto inédito: hipertensão. Devido ao excesso de alunos haverão dois blogs sobre esse tema, então não há desculpa para não aprender sobre. Abordaremos vários aspectos, como já sabem, bioquímicos e biofísicos, causas, consequências, descobertas (se houverem), artigos científicos e por aí vai.
Para começar, sabe-se que hipertensão é uma doença de múltiplas causas e há vários casos na população em geral, por isso deve-se estar atento com sua saúde já que muitas vezes aparece silenciosamente. Se apresenta sintomas, manifesta-se como dor de cabeças, tonturas, falta de ar, etc. Ao longo das postagens haverão mais detalhes sobre a doença que tanto atinge as pessoas e provavelmente vocês saberão de tudo para a temida prova de V ou F.
É isso aí, bom estudo e divirtam-se!
Mariana, Jéssica, Ana Beatriz, Washington e Ademir
Para começar, sabe-se que hipertensão é uma doença de múltiplas causas e há vários casos na população em geral, por isso deve-se estar atento com sua saúde já que muitas vezes aparece silenciosamente. Se apresenta sintomas, manifesta-se como dor de cabeças, tonturas, falta de ar, etc. Ao longo das postagens haverão mais detalhes sobre a doença que tanto atinge as pessoas e provavelmente vocês saberão de tudo para a temida prova de V ou F.
É isso aí, bom estudo e divirtam-se!
Mariana, Jéssica, Ana Beatriz, Washington e Ademir
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